quinta-feira, fevereiro 08, 2007

29 de DEZEMBRO 2005 - Diazinho memorável!


quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Contagem regressiva

Sabe quando sentimos que estamos na iminência de uma grande mudança? Como aqueles dias que antecederam a Queda do Muro de Berlim?

A mudança foi lenta, é bem verdade.. mas esse momento da ruptura, esse marco.. se prenunciava alguns dias antes.

Sou uma pessoa de muitas palavras, de muitas atitudes, de muitas caras e bocas e também de muita reflexão, por mais paradoxal isso pareça. E nesse momento, fruto de pequenas mudanças.. chego às vésperas da virada.

É uma gravidez de idéias, com data quase certa para se concretizar em material. Material de vida, de apostas nas mudanças. Na certeza de que não há o que se corrigir na vida, há o que se projetar, alinhar, realinhar, bagunçar, reprojetar, é assim o viver. Sem certo, sem errado.

Um dia, outro atrás, outro na frente, vários do lado. Nenhum mais importante, cada qual com seu objetivo secreto naquela teia chamada destino.


Primos e Primas


Câncer ascendente em Peixes

Câncer ascendente em Peixes. Dificil de explicar..

Soneto do amor total
Amo-te tanto meu amor... não cante

O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinícius de Moraes

Dialética
É claro que a vida é boa

E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinícius de Moraes

SONETO DA FIDELIDADE

De todo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento

E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

domingo, fevereiro 04, 2007

Soneto da separação

Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes